Em tempos de internet em que conteúdo é comodity, infelizmente alguns temas ainda jazem no abismo da desinformação e um desses, sem dúvida alguma, é a Ejaculação Feminina
Também conhecida vulgarmente como Squirting, ou na linguagem utilizada pelo tantra como Amrita, essa consiste no expelimento de um líquido incolor de consistência aquosa durante o clímax do ato sexual.
Apesar da medicina moderna ter avançado consideravelmente em diversas áreas, no que diz respeito a essa parte da saúde intima feminina, ainda há muito desconhecimento até mesmo entre médicos especializados na área.
E tal desconhecimento abre espaço para a deseducação, visto que em filmes pornôs a ejaculação feminina frequentemente foge do que ocorre na realidade. Para melhor esclarecer pontos básicos, sugiro essa leitura.
Assim, utilizando-me da inteligência coletiva presente na rede de especialistas do Futuro do Sexo, tive a oportunidade de realizar entrevistas com especialistas em Tantra, uma sabedoria milenar que tange a sexualidade e a espiritualidade que a tempos já conhece e aborda o assunto.
Esse texto, portanto, conta com a colaboração da Luciana SZanon, Walter Santiago Coscia e de Ronald Fuchs.
Na visão do tantra, o que é a Amrita (Ejaculação Feminina)?
A Amrita, palavra que significa “néctar divino” ou “água sagrada”, refere-se à Ejaculação Feminina. Essa é vista como um processo de cura, em que a mulher, em um estado de plenitude, entra em contato com a energia sagrada de sua deusa interior.
No olhar do tantra, a Amrita é encarada como uma benção, um momento em que vivencia-se uma verdadeira entrega.
O que é necessário para que a Ejaculação Feminina ocorra?
Em primeiro lugar, é necessário um ambiente seguro, de confiança, em que a vulnerabilidade seja trazida a tona ao mesmo tempo que acolhida. Torna-se necessário, portanto, um ambiente de respeito mútua e confiança.
Em termos físicos, o processo ocorre com a ativação dos nhasas, que são os pontos de ativações dos chakras, de modo que ativa-se o nhasa do segundo chakra (Swadisthana), o chakra sexual, despertando assim essa energia. Ao ser trazida para a superfície, tal energia é utilizada em um processo de cura.
É valido ressaltar que fisicamente, para a mulher, o momento pré-ejaculação traz uma sensação que assemelha-se a vontade de urinar, o que leva muitas mulheres a bloquearem esse processo, por medo de urinar durante a relação.
Por isso, reitero a necessidade de um ambiente em que ambos sintam-se seguros e acolhidos em sua vulnerabilidade.
Para o tantra, o que é um processo de cura?
Quando falamos de cura, comumente associamos a cura exclusivamente à área genital. Contudo, na visão do tantra, esse conceito abrange não somente uma cura física, como também a cura dos registros de todos os relacionamentos que temos guardados no corpo.
Esse registro é resultante de todas as relações tidas desde o nascimento, como o contato com mãe e pai, até relações com namoradxs e parceirxs já na vida adolescente e adulta.
Ficou interessadx no assunto? Como obtivemos um conteúdo muito extenso, esse texto foi dividido em episódios. Quer saber mais? Fique de olho em nossas próximas publicações!
E você já tinha ouvido falar sobre ejaculação feminina? Já vivenciou? #boracontribuirfs #futurodosexo #somostodosresponsáveis
