Vivemos em uma redoma do elixir da juventude eterna e concepções da sexualidade baseada nos personagens dos contos de fadas do “era uma vez ….” Corpos jovens e perfeitos.
Mas afinal, porque vou falar de envelhecimento se ainda sou jovem? Todos os seres vivos envelhecem, é um processo natural do ciclo de vida.
Aprendemos desde pequenos, nas aulas de biologia do colégio, que a vida ocorre em quatro ciclos básicos, a gente “nasce, cresce, reproduz e morre”. Então, a partir dessa lógica, da vida em qual momento começamos a ficar “velhos”?
Envelhecemos desde que nascemos
Desde que nascemos começamos envelhecer, esse processo está inserido na nossa realidade cotidiana e não ocorre apenas aos 60 anos. Mas afinal, para que temos que falar disso se ainda tenho 25 anos? Proponho a você parar alguns segundos e refletir sobre como o tempo passou tão rapidamente dos seus 10 para seus 25 anos. Provavelmente irá concorda que o tempo passou voando, que nem sentiu chegar à sua idade atual, certo!
Mesmo antes de nascer, tem início a formação de uma importante parte da sexualidade do indivíduo: é a formação do sexo biológico, que vai determinar a designação sexual ao nascimento menino ou menina. A partir daí, a sexualidade vai se desenvolvendo com características específicas para cada uma das fases da vida, e para cada um dos indivíduos, transformando-se e ampliando-se até o fim da vida, não acabando jamais, ou seja, nossa sexualidade modifica-se durante o processo de envelhecimento.
A sexualidade humana nasce com o indivíduo e transforma-se constantemente ao longo de toda a sua evolução, porém só desaparece com a morte. Durante este trajeto pode se descobrir novas formas experienciações e vivências da sexualidade.
A sexualidade se resignifica durante a trajetória de vida do indivíduo. Você já parou para pensar, que a sua forma de agir em relação a vivência da sexualidade foi se transformando com os passar dos anos. Aos 15, 20, 30, 40 anos você pensava de uma forma e aos 60, como será?
Em cada momento e etapa da sua vida essas concepções dos desejos, prazeres, formas de expressão, medos, angústias e incertezas envolta a sexualidade foram se modificando. “Então será que a sexualidade só muda aos 60 anos?” Como propagado na sociedade, essa sexualidade em uma ordem cronológica, baseada em números e mera alterações fisiológicas ou “Será que a minha concepção de sexualidade muda com a minha experienciações de vivências de vida?”.
Não podemos padronizar as fases da vida em relação à expressão da sexualidade baseada em números, “A sexualidade não tem idade”. Afinal, não existem duas pessoas iguais e, portanto, também ao nível do comportamento sexual e as diferenças existem perante o mesmo estímulo cada indivíduo vai processá-lo de forma diferente, cada corpo é único.
A sexualidade não é sinônimo de sexo, estando além do incurso pênis e vagina, desta relação genital. Está presente e pode ser expressa através dos nossos gestos, palavras, pensamentos, atos de carinho e afeto, a forma como nos relacionamos com o outro, a descoberta do corpo e do prazer que ele proporciona. Isso é sexualidade! Desta forma Nascemos, vivemos e morremos como seres sexuais, capazes de viver e exercer nossa sexualidade ao longo de toda a existência.
O que muda na sexualidade no processo de envelhecimento?
Com o passar dos anos o processo de envelhecimento pode ocasionar certo declínio das capacidades físicas, mas também, em contrapartida, um enriquecimento de suas demais instâncias. Portanto, a sexualidade não só difunde todo o nosso ser, como também é difundida pelo que somos, ou seja, pelas nossas vivências e histórias.
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Imagem: Visualhunt